sabor autentico










12 de abril de 2011

- Medo


Primeiro, fui ver ao dicionário. Tinha que olhar para dentro do medo, descobrir como é que ele funcionava. Quando se tem um brinquedo e se quer ver como ele funciona, há sempre a tentação de o abrir e mexer lá dentro, mesmo sabendo que se pode estragar Abrir o dicionário era a mesma coisa: tentar perceber o funcionamento da máquina do medo. E lá estava, escrito, assim:
"Medo: sentimento desagradável que excita em nós aquilo que parece perigoso, ameaçador, sobrenatural."
Não gostei, se calhar porque não percebi. "Excita em nós aquilo que parece perigoso"? Que raio de definição era essa? A máquina continuava a funcionar, sem que eu lhe percebesse o funcionamento. Depois fui aos sinónimos:
"Medo: susto, receio, horror, pavor, cagaço, cobardia, desconfiança, temor, pânico, assombramento..."
A lista era enorme e já me deixava mais satisfeita. Cada palavra daquelas, mesmo que não me explicasse nada, trazia ao menos recordações, sensações fortes. Eu lembrava-me de coisas passadas e por vezes até me arrepiava, como se lá estivesse de novo. Portanto, o medo é uma sensação forte: fica marcada no corpo e na memória. Aconteceu qualquer coisa, e, de cada vez que a recordo, sinto uma tremura pela espinha acima! Isso é medo. Não se consegue muito bem explicar, aliás é por isso que se diz que ele é mais forte do que nós.

tenho medo, muito medo de te perder <3


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